Protocolo básico de biossegurança na clínica ortodôntica / Basic biosecurity protocol in the orthodontic clinic

Apesar de ser remota a comprovação do risco de contaminação nos consultórios odontológicos, muitos profissionais ainda se mostram resistentes à adoção de métodos eficazes de controle de infecção, em especial os ortodontistas, em função seja das dificuldades em implementar tais medidas ou, talvez, pela crença de que tal especialidade apresenta um menor risco. A possibilidade de contrair doenças durante o atendimento odontológico tem estimulado a criação de uma série de regulamentações e exigências por parte dos órgãos governamentais, sendo a razão primária para a adoção de um programa eficaz de biossegurança, garantindo a proteção do ortodontista, auxilares, pacientes e familiares. O objetivo desse artigo é descrever as técnicas hoje disponíveis para prevenção de infecção cruzada na prática ortodôntica, sugerindo um protocolo para implementação da biossegurança

Resistência ao cisalhamento de "Brackets" colados em esmalte bovino contaminado por sangue ou saliva / Shear bond strenght of brackts bonded in blood or saliva contaminated bovine enamel

Este estudo in vitro avaliou a resistência de união ao cisalhamento de "brackets"ortodônticos (Morelli) ao esmalte bovino, com ionômero de vidro modificado por resina (Fuji Ortho LC - GC-America), onde as superfícies foram contaminadas por sangue e saliva. Utilizaram-se 45 incisivos permanentes bovinos que foram seccionados, incluídos em tubos plastícos e distribuídos aleatoriamente em três grupos: Grupo I - superfície dentária contaminada por sangue humano; Grupo II - superfície contaminadas com saliva e o Grupo III, sem contaminação. Após a profilaxia, as superfícies foram condicionadas com ácido fosfórico a 37 por cento por 30 segundos e os "brackets" cimentados conforme as especificações do fabricante. Os corpos de prova foram então armazenados por 1 hora a 23°C e 100 por cento de umidade relativa, depois ficaram durante 7 dias imersos em água destilada a 37°C, em seguida, foram submetidos ao teste de resistência ao cisalhamento na máquina de ensaio universal (EMIC, DL 2000), com taxa de deslocamento de 0,5 mm/min. Os dados foram analisados com ANOVA e Método de Tukey. Os resultados mostraram que a contaminação durante o procedimento de colagem diminuiu a resistência da união ao cisalhamento; não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos contaminados por sangue ou saliva (grupo I e II) e a resistência de união no grupo sem contaminação (grupo III) foi superior estatisticamente em relação aos demais. O Índice de Adesivo Remanescente (ARI) sugeriu diferença significativa no padrão de descolagem entre os grupos contaminados e o grupo sem contaminação